O Vaticano aceitou o pedido de reintegração feito pelo padre Francisco José Cabrini que foi desligado da Igreja Católica há mais de dez anos para poder se casar com uma fiel.
Francisco, 45 anos, foi ordenado a padre no Piauí quando tinha 28 anos realizando um sonho de infância, mas cinco anos depois se apaixonou por uma mulher e pediu o afastamento da igreja.
O casamento do ex-padre durou cinco anos, mas o divórcio só saiu depois de 11 anos, quando ele foi até o colegiado do Piauí pedir para voltar a ser ordenado como padre. O colegiado aceito o pedido de reordenamento, mas a palavra final teria que vir do Vaticano. Por dois anos Francisco Cabrini precisou aguardar o parecer que só foi dado na semana passada.
Em entrevista ao G1 Cabrini recordou seu desejo de ser padre e como foi deixar a batina e passar a trabalhar de professor de filosofia. Sobre o fim do casamento, ele comenta o desgaste da relação e o chamado ministerial que falava mais alto.
"O casamento começou bem, mas ao longo do tempo foi se desgastando e minha vontade de voltar à igreja falava mais alto. Por este motivo, acredito também que não tivemos filhos".
Depois do divórcio a ex-mulher adoeceu e em 2013 faleceu vítima de câncer. Nessa época ele já aguardava a aprovação de seu retorno ao cargo de padre. Com o pedido aceito, Cabrini recebeu o convite de celebrar uma missa na mesma igreja onde conheceu sua ex-mulher, em Água Branca.
Foram quase 12 anos de afastamento da igreja, sua última missa naquela igreja foi realizada em 17 de novembro de 2002 e a mais recente aconteceu neste domingo de Páscoa, 20 de abril.
"Quando saí, não houve tanta polêmica, as pessoas me respeitaram e compreenderam porque sabiam da minha honestidade, a minha família que não aceitou muito. Depois de me separar e resolver que queria voltar, me sinto muito acolhido pela comunidade e minha família ficou muito feliz", disse ele que foi recebido com muita festividade pelos fiéis.
Agora Francisco Cabrini é responsável pela comunidade pastoral da região da Vila do Avião, na Zona Leste de Teresina, capital piauiense. Fora isso ele continua a trabalhar como servidor público atuando como técnico de gerência estadual de educação.
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