O anúncio do apoio de Marina Silva (PSB) à candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições acompanhou a divulgação de uma pesquisa realizada pelo Instituto Sensus e que mostra o tucano 17 pontos à frente da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).
A pesquisa foi encomendada pela revista IstoÉ e mostra o ex-governador de Minas Gerais com 58,8% das intenções de votos válidos, contra 41,2% da petista.
Todos os veículos de comunicação que publicaram a pesquisa encomendada pela IstoÉ destacaram que o levantamento foi realizado após a divulgação de áudios gravados pela Justiça em depoimentos dos dois principais personagens no escândalo de corrupção na Petrobrás.
A pesquisa, realizada entre os dias 07 e 10 de outubro, entrevistou dois mil eleitores em 136 cidades de 24 estados diferentes, mostra uma evolução do cenário mostrado pelo levantamento encomendado pela revista Época ao instituto Paraná Pesquisas logo após a definição do segundo turno, e que apontou Aécio com 54% das intenções de voto, contra 46% de Dilma.
O índice de rejeição da presidente Dilma Rousseff (PT) é bastante superior ao de Aécio Neves. 46,3% dos eleitores ouvidos pelo Instituto Sensus disseram que não votariam na petista de forma alguma, enquanto 29,2% disseram rejeitar votar em Aécio em qualquer hipótese.
No primeiro turno, o Instituto Sensus foi o primeiro a registrar em suas pesquisas a mudança do eleitorado em relação às intenções de voto em Marina Silva (PSB) e a indicar a tendência de que Aécio passaria ao segundo turno.
Segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, uma pesquisa fechada encomendada pela campanha de Dilma Rousseff (PT) identificou que 28% dos eleitores de Marina Silva que ficaram indecisos no segundo turno votariam em Aécio caso a ex-senadora o apoiasse formalmente, o que se confirmou no último domingo, 12 de outubro.
Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff afirmaram, em depoimentos separados, que algumas secretarias da Petrobrás eram dirigidas por pessoas indicadas pelos partidos PT, PP e PMDB, e percentuais dos contratos fechados por essas secretarias eram destinados aos "caixas 2" dessas legendas.
Para que o dinheiro chegasse aos destinatários, os contratos eram fechados com valores superfaturados, e assim, as empresas contratadas recebiam os valores excedentes e entregavam aos políticos corruptos. A mecânica de corrupção usada no esquema é bastante parecido com o caso do mensalão.
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